quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Cartão de Natal

Ao clarão do Natal, que em ti acorda a música da esperança, escuta a voz de alguém que te busca o ninho da própria alma!... Alguém que te acende a estrela da generosidade nos olhos e te adoça o sentimento, qual se trouxesses uma harpa de ternura escondida no peito.
Sim, é Jesus, o amigo fiel, que volta.
Ainda que não quisesses, lembrar-lhe-ias hoje os dons inefáveis, ao recordares as canções maternas que te embalaram o berço, o carinho de teu pai, ao recolher-te nos braços enternecidos, a paciência dos mestres que te guiaram na escola e o amor puro de velhas afeições que te parecem distantes.
Contemplas a rua, onde luminárias e cânticos lhe reverenciam a glória: entretanto, vergas-te ao peso das lágrimas que te desafogam o coração...É que ele te fala no íntimo, rogando perdão para os que erram, socorro aos que sofrem, agasalho aos que tremem na vastidão da noite, consolação aos que gemem desanimados e luz para os que jazem nas trevas.
Não hesites! Ouve-lhe a petição e faze algo! ... Sorri de novo para os que te ofenderam; abençoa os que te feriram; divide o farnel com os irmãos em necessidade; entrega um minuto de reconforto ao doente; oferece uma fatia de bolo aos que moram, sozinhos, sob ruínas e pontes abandonadas; estende um lençol macio aos que esperam a morte, sem aconchego do lar; cede pequenina parte de tua bolsa no auxílio às mães fatigadas, que se afligem ao pé dos filhinhos que enlanguescem de fome, ou improvisa a felicidade de uma criança esquecida.
Não importa se diga que cultivas a bondade somente hoje quando o Natal te deslumbra!... Comecemos a viver com Jesus, ainda que seja por algumas horas, de quando em quando, e aprenderemos, pouco a pouco, a estar com ele, em todos os instantes, tanto quanto ele permanece conosco, tomando diariamente ao nosso convívio e sustentando-nos para sempre.

Pelo Espírito Meimei
XAVIER, Francisco Cândido. Antologia Mediúnica do Natal

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Natal

Aproxima-se a época do amor Fraterno,
Da união familiar
Onde uma mesa de boas tradições
Faz o milagre do convívio entre aqueles que amamos.
Ofensas esquecidas, porque hoje é dia de regozijar
Haverá uma única troca, a troca de abraços ou beijos
As prendas mais doces que jamais esqueceremos.
Tocam os sinos lá fora, está na hora de saber receber
O homenageado do dia, nosso amado Jesus.
Abramos as portas deixemo-lo entrar
Pedindo que a luz do seu Pai, nosso criador
O faça chegar ao nosso lar ao som das nossas preces
Que são de palavras pobres  mas de tamanha fé
Tornando esse dia inesquecível em nossas memórias
Por vidas e vidas
Fazendo vibrar em nós a paz e o amor duradouro.
Um Natal Feliz!

Z.O.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Cansada


Nestes últimos tempos tenho andado um pouco cansada, pelos contratempos (chamemos assim) da vida. Até pensei que por um momento não estaria a aceitar algo, mas não, porque havia os encaixes juntamente com o entendimento das questões que me estavam a deixar de certo modo triste, chateada.

Então não poderia dizer que era um período completo de não-aceitação, mas sim um acto de compilação dos todos factos vividos, destes anos todos.

Vou até à minha infância, passo pela adolescência até à fase adulta e aqui me encontro, a pensar nas lutas travadas, tanto fisicamente como psicologicamente.

Nos resultados conseguidos, nas derrotas e conquistas, compreendidas mais tarde, sempre tendo como regra os valores do amor e do perdão.

No crescimento e amadurecimento, dando-me conta como estava tão imatura e percebendo o quanto ainda me falta para a ascensão.

Naqueles que acreditei, uns ainda cá estão dentro mim e compreendidos, outros um ponto de interrogação e a um quilómetro de distância do meu coração.

Nas distâncias criadas, umas por mim e outras pelos outros, as quais esforço-me para respeita-las.

Nas decisões tomadas, algumas, sei que fiz sofrer e também sei que sofri, tendo a consciência que a maioria das vezes não havia intenção mas houveram as consequências.

Em tudo que abdiquei, em benefício daqueles que me rodeavam e outras vezes simplesmente faltou-me a coragem suficiente para lutar ou contrariar.

Nos encontros e desencontros, os quais foram sempre bons, fizeram-me crescer.

Na conclusão de todos estes pensamentos, divagações, penso que tudo acontece por uma razão, porque Deus tem algo reservado para cada um de nós, o que me dá alento para continuar.

Nesta altura tento não perder a fé em mim, dando graças a Deus por ter fé Nele, pois é Ele que me ergue, que me carrega.

Aqui me encontro novamente no final de um ano, ainda com algumas questões existenciais para resolver e, a sugerir ao corpo e à mente para fazer um Novo Começo.

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."- Chico Xavier

Z.O.