segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Coisas que Magoam a Alma

No convívio na sociedade em que vivemos, principalmente no local de trabalho, deparamos com a falta de ética entre companheiros.
Não faz delas más pessoas, porque deparo-me com a compaixão para com os outros, principalmente aqueles que não convivem diariamente.
Penso que nesta situação, há uma consciência das acções praticadas, do mesmo modo que existe uma inconsciência na gravidade do acto em si. Porque existe uma habituação na forma de agir e estar, sem a reflexão e a possibilidade de estar errado.
Umas das coisas que me incomoda profundamente é o leva e trás. Nas costas dos companheiros, há sempre algo para falar, que aos seus olhos está errado, como a perfeição estivesse neles. Isto porque nunca oiço nada a ser proferido de suas bocas a seu próprio respeito.
Não se questionam o porquê de uma visão tão apontadora contra seu irmão, ou de ter que dizer algo que pensam que incomoda o outro, mas na verdade o incomodado são eles próprios.
Muitas delas expressam um sorriso doce, mas farpas nas palavras. Outras podem até sorrir, mas são mais grosseiras na forma com se dirigem ao outro.
Não será que as pessoas que tem essa forma de agir, não tem algo interior que as deixa insatisfeitas, ou foram mal-amadas no processo do decorrer de suas vidas?
Apesar de nunca me ter chegado aos ouvidos algo que tenham dito sobre mim, ouvir o que falam uns dos outros, como tivessem esse direito, magoa-me a alma. Claro que, como se diz por aí; “nas costas dos outros, eu vejo as minhas”.
Ao ouvi-los nas suas conversações no início, para não parecer descortês da minha parte, até um sorriso ou outro me saiu. Nestes últimos tempos, tenho-me retirado, porque tenho reparado que a minha alma vocifera para dizer uma verdade ou duas, mas retenho-a porque na verdade será que tenho esse direito?!
Só peço ao meu Deus que me dê lucidez para manter o discernimento na minha conduta e nas minhas palavras.
Porque as palavras foram feitas para serem ditas numa forma graciosa (sem veneno, amargura, altivez ou qualquer tipo de maldade), mesmo quando tem que ser proferidas numa forma de reprimenda para com o outro.
Não deixo de pensar que nisto tudo existe uma falta da compreensão do verdadeiro sentir do Amor, onde compreende a humildade…


Z.O.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A Proposta- Desafio da vida

Nas fases da mudança, alterações e decisões são feitas, mudando o percurso inicialmente traçado. É nesse momento, que nas novas páginas da vida são escritas, uma nova história.
Traçada por nós? Não sei, talvez!
Quando a nossa vida está sempre numa mudança interior, ela anseia as alterações, muitas vezes radicais. Mas acredito que nunca estão fora dos desígnios de Deus, que tudo acontece sem acasos, acontece porque assim deve ser, até podemos fugir deles muitas vezes, porém, a conspiração entre o céu e a terra, que está fora o nosso entendimento, tudo faz para que a nossa história tenha um final diferente ou o pretendido e já escolhido em outra altura, na vida espiritual.
Final esse, que passa sempre por aceitar alguns desafios, aqueles que nunca nos vimos neles, com alguma coragem e humildade para saber pedir ajuda quantas vezes forem necessárias.
Somos seres que nunca paramos de aprender quando queremos ser ensinados. Aceitar os nossos limites é sempre importante, mas desafia-los não deixa de ser empolgante.

"O dia de hoje nos fornecerá exatamente as oportunidades de que precisamos para compor com estrofes e versos harmônicos o 'poema de nossa vida', cuja métrica foi antecipadamente determinada por nós no ontem. Nossas experiências na vida não acontecem por acaso. O Planejamento Divino nada faz sem um desígnio proveitoso; tudo tem sua razão de ser. Não é preciso desespero, nem preocupação; tudo acontece como tem que acontecer." Hammed - As Dores da Alma

A nossa imperfeição faz com que nos desesperemos, preocupemo-nos sem escutar o ser divino que existe em nós, que nos iria transmitir a fé necessária para entender que a oportunidade que se precisa nem sempre é aquilo que se idealizou mas o que foi planeado um dia, no ontem.
Com as mudanças que fazemos e o rumo que damos à vida, percebemos que as respostas que tínhamos já não respondem às perguntas, porque do mesmo modo que alteramos a nossa caminhada também alteramos as perguntas, logo novas respostas serão necessárias, mas acredito que serão respondidas conforme o fluir das palavras que serão escritas nessa nova página, da nossa história.


Z.O

sábado, 23 de agosto de 2014

Busca para Felicidade

Há momentos que interiormente sentimos a força de que tudo se é capaz, em outros, a angústia do nada. Paramos e questionamos a própria existência, em outras alturas, o encaixe no espaço e no tempo, levando à eterna pergunta, “Quem sou eu? Qual é a minha real Essência? Qual é o meu propósito na vida?”
Entender o interior de cada ser para compreender as emoções, torna-se muitas vezes complicado explicar, para quem sente e para quem ouve.
Em nós, encontramos características imparciais, que nos movem à determinação de princípios enraizados em nosso Eu maior, as quais muitas vezes levam-nos aos conflitos internos.
Esses princípios são herdados pela educação parental, ou pelas nossas existências anteriores. Ao acordar em uma nova vida, toda informação gerida e absorvida, leva-nos a viver uma vida de aparência ilusória numa sociedade.
Acreditamos que a realização da felicidade se encontra fora de nós, no exterior, onde os olhos brilham com o que a sociedade capitalista nos oferece, em cada esquina, em cada contorno de uma curva, lá está, a oferta do dia para sermos felizes.
Somos robôs com cérebro que não usamos, vamos atrás de tudo aquilo que não é essencial. Até os pais de hoje em dia, quando nascemos, tentam vender-nos um protótipo de vida, aquela que eles não tiveram.
Então quando se chega a uma altura na vida, que pensamos que temos algum discernimento, e alguém faz-nos as perguntas; Porquê queres fazer esse tipo de trabalho? Porquê queres ter saúde? (Entre outras). Se pararmos para escutar, normalmente responderemos: Preciso de trabalhar, tenho minhas contas para pagar, quero ter um carro melhor, uma casa grande e tenho que provir um futuro para os meus filhos, isto já não falando do ”Eu quero ser famoso” E se continuarmos a fazer as perguntas, por fim responderemos: Para sermos Felizes!                 
Nada está errado com as respostas, mas será que felicidade é isso? Qual será a verdadeira felicidade?
Acreditamos que a procura está na satisfação dessas realizações, que se encontram num exterior materialista, em complô se encontra a nossa mente, ao nos dar uma visão objectiva daquilo que é (só vimos o que o sentido da visão nos permite ver) e daquilo queremos da vida (não querendo dizer que seja aquilo que precisamos).Mas todas essas razões são de base frágil.
A vida tem contornos que fazem desaparecer, desmoronar os sonhos que se encontravam num suposto pilar sólido criado em nossa mente durante um período de busca incessante de uma felicidade exterior. É como puxassem um tapete de baixo de nossos pés, e nem sabemos para onde devemos virar à procura de uma pequena migalha de esperança, de alegria, porque o nosso foco continua no exterior.
Não se consegue nenhum equilíbrio de fora para dentro.
Deus criou um mundo onde nós pudéssemos habitar. Deu-nos todas as ferramentas para crescer e evoluir de uma forma equilibrada.
O que nós fazemos? Destruímo-lo devido ao nosso egoísmo e nossa incessante busca de uma realização, de uma suposta felicidade ilusória, muitas das vezes baseada em interesses desumanos.
“ O mundo tem estado à espera que nos transformemos, porque também o mundo se quer transformar. Quando mudamos, o mundo muda, porque nós e o mundo somos um só.” – Deepak Chopra.
Quando o ser está pronto para este entendimento, ele exige a comunhão de ambos. Normalmente é quando se depara com todas as angústia do próprio cotidiano e do mundo, que conclui que a busca da felicidade se encontra dentro de si mesmo.
A máxima de Eclesiastes é: “ a felicidade não é deste mundo”, por isso vivemos num mundo de prova e expiação, logo não se pode esperar facilidades, mas sabemos que em nós foi colocada a centelha do amor, da felicidade, para que possamos crescer e evoluir de uma forma equilibrada, fazendo com que nossa luz brilhe de dentro para fora e não o contrário.
O entendimento do nosso Eu é o despertar da prisão em que nos encontrávamos, é o salto para a transformação e aceitação, libertando-nos das imagens ilusórias para as reais, o qual faz a nossa conexão com o criador do Universo, Deus.

Para concluir Carl Jung nesta frase diz: “ Quem olha para fora, sonha; Quem olha para dentro, desperta”. É nesse despertar que nos damos a conhecer, na própria essência, a nossa verdade interna, que nos levará à felicidade, e consequentemente à liberdade.

Z.O