segunda-feira, 6 de abril de 2015

Reflectir Sobre o Amor

Na minha caminhada, vivenciei muitas coisas, as quais fizeram parte e, foram necessárias para o meu crescimento e amadurecimento.
Experiências contínuas, que provocaram o riso, o choro, a emoção, mas uma delas que sempre me fez reagir numa forma silenciosa de dor profunda e intensa, foi a falta de amor.
Com isto não quero dizer que não tenha amor, amizade em minha vida, pelo contrário. Tenho pessoas excepcionais nesta existência, cheias de bons e verdadeiros sentimentos por mim. Talvez, algumas delas foram conquistas feitas pela minha persistência em suas vidas, outras simplesmente gostaram daquilo que viram em meu coração, do sentimento que nutria por elas e aceitaram-no sem questionamentos.
Quando falo da falta de amor é aquele que nós damos aos outros, que não há o retorno. É difícil não haver a indagação psicológica, a busca de uma resposta lógica sem a auto piedade. Acredito que na infância e na adolescência não temos qualquer tipo de perspectiva positiva. Quando chegamos a uma idade que a lógica da vida é mais clara, aí vem as respostas.
A dor por falta do amor é bem dolorosa, é uma dor bem intrínseca, profunda em nosso íntimo, algo que não é compreensível, é um sentir desconhecido e muitas vezes ilógico.
Necessário parar. É chegada a hora de reflectimos e chegar a algumas conclusões, as quais foram: não podemos exigir do outro algo que ele não tem em seu interior, em seu coração, para dar; nada impede de continuarmos a sentir, mas sem a exigência da troca; respeitar o sentir do outro para que também sejamos respeitados, pois também nós nem sempre sabemos retribuir ou sentir com a mesma intensidade.
Se nesta existência ainda nos encontramos num processo de aprendizado em tantas áreas, não poderia ser diferente na área do amor, que é um sentimento complexo.
Sabemos que a dor em todos os sentidos é um processo que nos leva ao aprendizado. O coração sofre transformações, através da experiência do sentir, neste caso o amor ou a falta dele, que por vezes deixa cicatrizes profundas.
Com todas essas alterações em nosso coração, percebo que a vontade de amar não cessa, mas mostra resistências com o passar do tempo.
As feridas criadas são cultivadas conforme a nossa sustentação, apesar das marcas deixadas que o tempo fará com que sare.
Nessa transformação, perdemos a inocência e as ilusões, talvez porque desconhecemos o verdadeiro sentir do amor. Neste pensar, talvez pela época em si, veio à cabeça esta questão; Será que nesse processo não perdemos também bons atributos que contínhamos em nosso íntimo? Bem, após a reflexão penso que não, porque não podemos perder algo que ainda não tínhamos.
Na verdade esta é uma época de demonstração de amor, amor esse que desconhecemos porque jamais o sentimos no pulsar das nossas veias, esse verdadeiro sentir foi algo que Jesus nos deixou como mensagem, uma mensagem libertadora para todos nós. Não só porque nos liberta da escravidão da matéria, mas também dos sentidos, trazendo o significado verdadeiro, o amor incondicional, que ama independentemente de quem seja, sem a cobrança da troca, nem a exigência do amor do outro, pois não se exige algo que ainda não sabemos dar.

Uma Páscoa Feliz!
Z.O.