sábado, 23 de agosto de 2014

Busca para Felicidade

Há momentos que interiormente sentimos a força de que tudo se é capaz, em outros, a angústia do nada. Paramos e questionamos a própria existência, em outras alturas, o encaixe no espaço e no tempo, levando à eterna pergunta, “Quem sou eu? Qual é a minha real Essência? Qual é o meu propósito na vida?”
Entender o interior de cada ser para compreender as emoções, torna-se muitas vezes complicado explicar, para quem sente e para quem ouve.
Em nós, encontramos características imparciais, que nos movem à determinação de princípios enraizados em nosso Eu maior, as quais muitas vezes levam-nos aos conflitos internos.
Esses princípios são herdados pela educação parental, ou pelas nossas existências anteriores. Ao acordar em uma nova vida, toda informação gerida e absorvida, leva-nos a viver uma vida de aparência ilusória numa sociedade.
Acreditamos que a realização da felicidade se encontra fora de nós, no exterior, onde os olhos brilham com o que a sociedade capitalista nos oferece, em cada esquina, em cada contorno de uma curva, lá está, a oferta do dia para sermos felizes.
Somos robôs com cérebro que não usamos, vamos atrás de tudo aquilo que não é essencial. Até os pais de hoje em dia, quando nascemos, tentam vender-nos um protótipo de vida, aquela que eles não tiveram.
Então quando se chega a uma altura na vida, que pensamos que temos algum discernimento, e alguém faz-nos as perguntas; Porquê queres fazer esse tipo de trabalho? Porquê queres ter saúde? (Entre outras). Se pararmos para escutar, normalmente responderemos: Preciso de trabalhar, tenho minhas contas para pagar, quero ter um carro melhor, uma casa grande e tenho que provir um futuro para os meus filhos, isto já não falando do ”Eu quero ser famoso” E se continuarmos a fazer as perguntas, por fim responderemos: Para sermos Felizes!                 
Nada está errado com as respostas, mas será que felicidade é isso? Qual será a verdadeira felicidade?
Acreditamos que a procura está na satisfação dessas realizações, que se encontram num exterior materialista, em complô se encontra a nossa mente, ao nos dar uma visão objectiva daquilo que é (só vimos o que o sentido da visão nos permite ver) e daquilo queremos da vida (não querendo dizer que seja aquilo que precisamos).Mas todas essas razões são de base frágil.
A vida tem contornos que fazem desaparecer, desmoronar os sonhos que se encontravam num suposto pilar sólido criado em nossa mente durante um período de busca incessante de uma felicidade exterior. É como puxassem um tapete de baixo de nossos pés, e nem sabemos para onde devemos virar à procura de uma pequena migalha de esperança, de alegria, porque o nosso foco continua no exterior.
Não se consegue nenhum equilíbrio de fora para dentro.
Deus criou um mundo onde nós pudéssemos habitar. Deu-nos todas as ferramentas para crescer e evoluir de uma forma equilibrada.
O que nós fazemos? Destruímo-lo devido ao nosso egoísmo e nossa incessante busca de uma realização, de uma suposta felicidade ilusória, muitas das vezes baseada em interesses desumanos.
“ O mundo tem estado à espera que nos transformemos, porque também o mundo se quer transformar. Quando mudamos, o mundo muda, porque nós e o mundo somos um só.” – Deepak Chopra.
Quando o ser está pronto para este entendimento, ele exige a comunhão de ambos. Normalmente é quando se depara com todas as angústia do próprio cotidiano e do mundo, que conclui que a busca da felicidade se encontra dentro de si mesmo.
A máxima de Eclesiastes é: “ a felicidade não é deste mundo”, por isso vivemos num mundo de prova e expiação, logo não se pode esperar facilidades, mas sabemos que em nós foi colocada a centelha do amor, da felicidade, para que possamos crescer e evoluir de uma forma equilibrada, fazendo com que nossa luz brilhe de dentro para fora e não o contrário.
O entendimento do nosso Eu é o despertar da prisão em que nos encontrávamos, é o salto para a transformação e aceitação, libertando-nos das imagens ilusórias para as reais, o qual faz a nossa conexão com o criador do Universo, Deus.

Para concluir Carl Jung nesta frase diz: “ Quem olha para fora, sonha; Quem olha para dentro, desperta”. É nesse despertar que nos damos a conhecer, na própria essência, a nossa verdade interna, que nos levará à felicidade, e consequentemente à liberdade.

Z.O