Há momentos
que interiormente sentimos a força de que tudo se é capaz, em outros, a
angústia do nada. Paramos e questionamos a própria existência, em outras
alturas, o encaixe no espaço e no tempo, levando à eterna pergunta, “Quem sou
eu? Qual é a minha real Essência? Qual é o meu propósito na vida?”
Entender o
interior de cada ser para compreender as emoções, torna-se muitas vezes
complicado explicar, para quem sente e para quem ouve.
Em nós,
encontramos características imparciais, que nos movem à determinação de
princípios enraizados em nosso Eu maior, as quais muitas vezes levam-nos aos
conflitos internos.
Esses
princípios são herdados pela educação parental, ou pelas nossas existências
anteriores. Ao acordar em uma nova vida, toda informação gerida e absorvida,
leva-nos a viver uma vida de aparência ilusória numa sociedade.
Acreditamos
que a realização da felicidade se encontra fora de nós, no exterior, onde os
olhos brilham com o que a sociedade capitalista nos oferece, em cada esquina,
em cada contorno de uma curva, lá está, a oferta do dia para sermos felizes.
Somos robôs
com cérebro que não usamos, vamos atrás de tudo aquilo que não é essencial. Até
os pais de hoje em dia, quando nascemos, tentam vender-nos um protótipo de
vida, aquela que eles não tiveram.
Então quando se chega a uma altura na vida, que pensamos que temos algum discernimento, e
alguém faz-nos as perguntas; Porquê queres fazer esse tipo de trabalho? Porquê queres
ter saúde? (Entre outras). Se pararmos para escutar, normalmente responderemos:
Preciso de trabalhar, tenho minhas contas para pagar, quero ter um carro
melhor, uma casa grande e tenho que provir um futuro para os meus filhos, isto
já não falando do ”Eu quero ser famoso” E se continuarmos a fazer as perguntas,
por fim responderemos: Para sermos Felizes!
Nada está
errado com as respostas, mas será que felicidade é isso? Qual será a verdadeira
felicidade?
Acreditamos
que a procura está na satisfação dessas realizações, que se encontram num
exterior materialista, em complô se encontra a nossa mente, ao nos dar uma
visão objectiva daquilo que é (só vimos o que o sentido da visão nos permite
ver) e daquilo queremos da vida (não querendo dizer que seja aquilo que
precisamos).Mas todas essas razões são de base frágil.
A vida tem
contornos que fazem desaparecer, desmoronar os sonhos que se encontravam num
suposto pilar sólido criado em nossa mente durante um período de busca
incessante de uma felicidade exterior. É como puxassem um tapete de baixo de
nossos pés, e nem sabemos para onde devemos virar à procura de uma pequena migalha
de esperança, de alegria, porque o nosso foco continua no exterior.
Não se
consegue nenhum equilíbrio de fora para dentro.
Deus criou um
mundo onde nós pudéssemos habitar. Deu-nos todas as ferramentas para crescer e
evoluir de uma forma equilibrada.
O que nós
fazemos? Destruímo-lo devido ao nosso egoísmo e nossa incessante busca de uma
realização, de uma suposta felicidade ilusória, muitas das vezes baseada em
interesses desumanos.
“ O mundo tem
estado à espera que nos transformemos, porque também o mundo se quer
transformar. Quando mudamos, o mundo muda, porque nós e o mundo somos um só.” –
Deepak Chopra.
Quando o ser
está pronto para este entendimento, ele exige a comunhão de ambos. Normalmente
é quando se depara com todas as angústia do próprio cotidiano e do mundo, que
conclui que a busca da felicidade se encontra dentro de si mesmo.
A máxima de
Eclesiastes é: “ a felicidade não é deste mundo”, por isso vivemos num mundo de
prova e expiação, logo não se pode esperar facilidades, mas sabemos que em nós
foi colocada a centelha do amor, da felicidade, para que possamos crescer e
evoluir de uma forma equilibrada, fazendo com que nossa luz brilhe de dentro
para fora e não o contrário.
O entendimento
do nosso Eu é o despertar da prisão em que nos encontrávamos, é o salto para a
transformação e aceitação, libertando-nos das imagens ilusórias para as reais, o qual faz a nossa conexão com o criador do Universo, Deus.
Para concluir
Carl Jung nesta frase diz: “ Quem olha para fora, sonha; Quem olha para dentro,
desperta”. É nesse despertar que nos damos a conhecer, na própria essência, a nossa
verdade interna, que nos levará à felicidade, e consequentemente à liberdade.
Z.O