quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Reflectindo


Reflectindo em todo o encaixe da doutrina e seu processo em mim, percebi-me de pequeninos passos de alteração de pensamento e de atitude perante a vida.

Percebi-me que a vida às vezes murmura ao nosso ouvido o que Deus pretende de nós, mas como está em implícito o sentir da dor, não entendemos o que na verdade Ele nos quer dizer.

Se pararmos por um momento para ouvir o que Jesus fala nas escrituras, entenderíamos que as dores da vida ou da alma são para ser vividas como aprendizado.

Entenderíamos de tal forma, que quando alguém perguntasse; Estás a sofrer? – Nós diríamos; Não, estou a aprender!

Durante anos andamos perdidos na palavra “Dor”, “Sofrer”, sem perceber que o tempo vai passando e que nada fazemos para renovar as ideias.

No início a inexperiência e a imaturidade do nosso ser oculta-nos a verdade, que buscamos incessantemente no exterior. Procuramos no “homem” as respostas que se encontram em nós, na consciência da alma. Nessa procura, encontramos Deus ou algo sublime, algo onde possamos nos agarrar.

A luz se faz quando encontramos a espiritualidade, a divindade dentro de nós.

Desse encontro com a espiritualidade nasce a alegria de querer divulgar ou angariar seguidores.

A inexistência da percepção que temos dificuldade em interpretar essas palavras leva-nos muitas vezes a querer ser divulgadores da mesma erroneamente, impondo a nossa forma de crer, sem perceber que ainda não permitimos a conversão no nosso próprio coração.

Tornam-se meras palavras proclamadas ao vento, acreditando na veracidade delas, mas sem a força da fé necessária e renovadora, que possam  erguer como alicerces que sustentam uma casa, um prédio ou até mesmo uma nação.

Mais tarde ou mais cedo cai sobre nós o amargo da desilusão. Aquilo que acreditávamos não é bem assim, porque o estímulo das palavras verdadeiras na mente sem a interiorização e sem fé, quando proclamadas, tornam-se vãs.
Quando dedicamos a nossa atenção ao estudo, à meditação e à racionalização das palavras que buscamos nas escrituras, nos livros escritos por homens mas ditados por aqueles que guiam suas mãos, leva-nos então ao despertar da fé, do amor sublime do Cristo em nosso coração e quando o Homem o encontra, jamais consegue separar-se Dele.

No Fundo o que Deus pretende de cada um de nós é que possamos transformar a nossa vida numa grande divulgação do evangelho, que o seu Filho possa então penetrar o coração do homem, convertendo-o em testemunho vivo do bem.
Z.O.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Escutar o Nosso Mundo Interior


Li esta frase num mural de um amigo, chamou-me atenção pela força das palavras.
“Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.” (Hermann Hesse)                      

Acontece-me muitas vezes que ao ler um texto ou uma frase, ou até mesmo ver uma imagem desperta a minha atenção, faz-me parar, reflectir. Penso sempre quando isso acontece é porque de certa forma me querem dizer algo ou ensinar. Foi o que aconteceu com a frase acima.
Reflecti que muitas vezes apoiamo-nos em certas pessoas procurando nelas a salvação, que exigimos dos que nos rodeiam o equilíbrio, quando tudo isso tem que ser feito por nós, porque as peças encontram-se no interior do nosso ser.
Mas esperamos sempre os milagres. Os milagres não podem ser feitos com varinhas de condão dos amigos ou familiares, cada um de nós possui uma no interior, que elimina o que menos interessa, que faz crescer e transforma o que há de melhor em nós, mas nada se faz sem o trabalho edificante. É esse o milagre.
Muitas vezes a dificuldade de ver o nosso interior é devido a uma obscuridade de sentimentos e pensamentos, revelando-nos uma incapacidade de conseguir encontrar algum tipo de luminosidade que nos impulsione a sair de alguns estados.
Nessa altura Deus dá-nos a oportunidade quando surgem em nossas vidas algumas pessoas que iluminam as nossas mentes, como se fossem chaves. São a força que nos impulsionam a escutar o que nos diz o nosso mundo interior, motivam-nos à compreensão e transformação do nosso ser.
Percebi então, que ninguém nos pode dar aquilo que não possuímos ou que já não tenhamos em nossa alma, simplesmente podem vir a ser a força impulsionadora, dar uma ideia ou a oportunidade, até mesmo a chave para abrir o nosso mundo interior, permitindo que possamos descobrir aquilo que já lá existia.
Z.O.