sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Escutar o Nosso Mundo Interior


Li esta frase num mural de um amigo, chamou-me atenção pela força das palavras.
“Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo.” (Hermann Hesse)                      

Acontece-me muitas vezes que ao ler um texto ou uma frase, ou até mesmo ver uma imagem desperta a minha atenção, faz-me parar, reflectir. Penso sempre quando isso acontece é porque de certa forma me querem dizer algo ou ensinar. Foi o que aconteceu com a frase acima.
Reflecti que muitas vezes apoiamo-nos em certas pessoas procurando nelas a salvação, que exigimos dos que nos rodeiam o equilíbrio, quando tudo isso tem que ser feito por nós, porque as peças encontram-se no interior do nosso ser.
Mas esperamos sempre os milagres. Os milagres não podem ser feitos com varinhas de condão dos amigos ou familiares, cada um de nós possui uma no interior, que elimina o que menos interessa, que faz crescer e transforma o que há de melhor em nós, mas nada se faz sem o trabalho edificante. É esse o milagre.
Muitas vezes a dificuldade de ver o nosso interior é devido a uma obscuridade de sentimentos e pensamentos, revelando-nos uma incapacidade de conseguir encontrar algum tipo de luminosidade que nos impulsione a sair de alguns estados.
Nessa altura Deus dá-nos a oportunidade quando surgem em nossas vidas algumas pessoas que iluminam as nossas mentes, como se fossem chaves. São a força que nos impulsionam a escutar o que nos diz o nosso mundo interior, motivam-nos à compreensão e transformação do nosso ser.
Percebi então, que ninguém nos pode dar aquilo que não possuímos ou que já não tenhamos em nossa alma, simplesmente podem vir a ser a força impulsionadora, dar uma ideia ou a oportunidade, até mesmo a chave para abrir o nosso mundo interior, permitindo que possamos descobrir aquilo que já lá existia.
Z.O.

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