A chuva que cai lá fora, fria,
que corta o rosto sofrido do tempo vivido, faz sair do conforto para caminhar
sobre a calçada da terra, sentindo os pingos a bater nela, querendo recordar as
sensações esquecidas do seu toque.
Chuva fria, essa, que molha o
rosto, que faz despertar o que se encontra adormecido. São pensamentos turvos
que são lavados pelas sensações agradáveis do sentir da água, que escorre pela
face, gélida, que outrora um sorriso brilhara aquecido pelo calor
do sol.
A serenidade chega, trazida pelo
toque suave de um beijo molhado. Beijo esse de Deus, que limpa toda a tormenta
da dor sentida. Clareia o que ontem era escuridão nos pensamentos e hoje é a
vida brilhando no ser mental, suscitando, um manancial de palavras buscando as
ideias límpidas, escondidas ou submersas no subúrbio da mente. Após o despertar
sobre a influência de tal beijo a sensibilidade surge e enche-se de luz
decifrando a Sua mensagem.
A mensagem divina da presença constante
ao redor de todo o ser. Mensagem, essa, que aquieta a inquietude daquele que
vive, porque Ele está aqui, ali, em ti e em mim.
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