sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Escrita



Num papel que possa encontrar, com lápis ou caneta, faço o esboço do meu mais profundo sentir, deixando fluir também a inspiração assim como a fantasia, mostrando talvez, um pouco da criatividade imaginária que lá exista.

Uma das minhas fugas é escrever. Escrevo aquilo que sinto, vomitando no papel cada palavra, como analgésico para o sentimento, aliviando qualquer dor, angustia ou ansiedade.


Desde criança que o faço. Não sei bem quando e como tudo começou, acho que foi no dia que só sentia. A cabeça estava cheia, um aperto no peito e um nó na garganta…



Ainda hoje a escrita serve-me de analgésico para um batalhão de ideias, dúvidas, interrogações e perguntas, que não acabam mais. Ao pôr no papel, há um alívio e conclusão de tudo isso.

Os meus sentimentos resumem-se em pequenas palavras, como a saudade, a tristeza, a alegria e o amor…
Não sei se é por viver em Portugal, a palavra saudade reside em mim, como de um fado se tratasse, sem dom vocal é no papel que faço surgir a canção interior.

Ao falar de fado, sem querer fugir do assunto, recordo-me daqueles que moram longe mas perto, dentro do meu coração, que cultivo com carinho, mantendo essa semente de amizade sempre saudável, para que os frutos que possam surgir, não morram jamais!

Quando escrevo é como procurasse o mais íntimo do meu íntimo. Analisando e pesquisando, acabo sempre por encontrar o equilíbrio desejado e, com tranquilidade, o descanso do corpo e da alma.
"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. (…) "( Clarice Lispector )

Z.O.

1 comentário:

  1. É engraçado como este texto é quase quase o meu retrato.
    Adorei ler .
    Beijinho amiga e bom fim de semana.

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