Num diálogo com um desconhecido,
pode-se dizer que estava de passagem, falava-me da dificuldade que tinha em
modificar-se, em alterar a sua forma de ser. Dizia não ter coragem para faze-lo.
Nunca tinha pensado no termo
coragem para nossa transformação interior, mas no princípio pode-se dizer que
exista uma pitada de coragem, depois vem uma necessidade que nos impulsiona ao
trabalho, que lapida as arestas da nossa imperfeição.
Claro que todo esse trabalho não
se faz em uma vida, é necessário ir e voltar muitas vezes. O que realmente
importa é começarmos. Para isso é preciso encontrarmos em nós mesmos todas
as problemáticas que nos afligem. Que vai dos complexos, sejam eles de
inferioridade ou superioridade, aos medos, as inseguranças, aos orgulhos, as
vaidades e outras tantas. No fundo são problemas existenciais que trazemos, ansiosos
de transformação.
“O segredo da transformação está em movermos o centro da nossa vida para
uma consciência superior” (Sri Aurobindo)
Passa por aprendermos a
respeitarmo-nos e aos outros; ter auto-estima; ter amadurecimento, para que essas
ideias nos ajudem a crescer e aceitarmo-nos e aos outros; ter simplicidade e
humildade, para que elas estejam presentes em nosso coração e mente, fazendo parte e
aplicando no nosso dia-a-dia; aceitar que o passado ficou lá trás, o futuro
há-de vir, enquanto o presente encontra-se aqui e agora. Ao chegarmos a essa
plenitude de autoconhecimento aprenderemos a saber viver.
Nesta vida que ainda estamos a
aprender a viver, existem as perturbações mentais, que atormentam, mas quando percebemos que
o que importa realmente é colocarmo-nos ao serviço de Deus, de Jesus nosso mestre,
tudo se torna mais fácil. Ao ter a certeza disso, na minha mente, transforma-se
em pilar fulcral, dando-me um bem-estar e uma proximidade de Deus, permitindo
que ele habite em mim auxiliando-me no meu trabalho de crescimento e de
transformação.
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