Meu Pai, como é difícil entender
o ser humano…!
Penso que muitas das vezes quando
não entendo determinada pessoa, que essa mesma pessoa não me deve entender, o
qual me dá um certo alívio.
Falando com os meus botões digo,
que não há nada em mim que seja difícil de entender, mas deve ser o que todo
mundo pensa (rsrsrs). Que somos livros abertos com páginas prontas para
desfolhar, umas coloridas, outras menos, é só pegar nele e lê-lo, sem
julgamentos e preconceitos.
Na vida real não é bem assim que
acontece, todos nós fazemos os pré-julgamentos, temos alguns pré-conceitos e
daí vem os conflitos internos e externos.
No meu caminho tem surgido pessoas
de que gosto, umas muito, outras menos. Que tem um determinado comportamento dominador,
querendo ter todos há sua volta sob controlo. Podem invadir o terreno dos
outros até o seu íntimo, mas não permitem que ninguém possa chegar até eles,
para que na verdade possam estar sempre por cima, um passo á frente.
São muito inteligentes, ao ponto
de arquitectarem esquemas para atingirem os objectivos pretendidos e na falha
dos mesmos, o outro é sempre o culpado pelas suas frustrações, etc…
Tudo pelo valor do gostar, da
amizade e do Amor vou dando hipóteses, respeitando sempre essa forma de ser,
permitindo que entrem no meu espaço até à minha zona de conforto. Claro que
percebo o que estão a fazer e que estou a entrar num jogo arriscado, pensando
sempre que tudo está sob controlo (rsrsrs).
Conforme vou dando esse espaço ao
outro é para que entenda que não sou ameaça; ao dar-me a conhecer estou a
mostrar que tenho limites; a forma sensível que demonstro ser, não é fraqueza;
ao deixar falar o outro e gostar de aprender não me faz menos inteligente… Com
isto tudo e muito mais, no fundo estou a dizer que não estou na mão de ninguém,
porque me respeito!
O meu subconsciente tem uma
particularidade, vai criando distâncias, elas são subtis de tal forma que vão passar
em branco para eles, porque estão tão canalizados na sua inteligência, na sua
astucia, que são os melhores, que são sempre as vítimas, achando que os outros
são os pobres de espirito, que nem se apercebem que já virei a esquina e quando
acordarem já não lá estou. E como a minha irmã costuma dizer; “Temos pena!”
(rsrsrs)
Gostaria até de ter capacidade de
lidar com tudo isto, mas lidar com este tipo de mentes é muito doentio e não
sou psicóloga, nem psicanalista, acredito muitas vezes também necessitar
de um (rsrsrs).
Nesses momentos quero sentir
Jesus acalentar o meu corpo, apaziguar minha alma, dando-me a força para
caminhar e a lucidez para continuar a amar, para poder recomeçar novamente
dando-me uma nova hipótese de acreditar nas pessoas, porque somos todos iguais,
no sentindo que não existe ninguém superior a ninguém, embora sejamos todos
diferentes.
Z.O.
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