Quando alguém diz; ele ou ela me
pertence! Ou até mesmo; ele ou ela vai rouba-lo/la de mim! Penso, como alguém
pode roubar alguém que não é e que nunca foi nosso? Como podemos achar que
alguém nos pertence, se tudo nos é emprestado?
Se até o corpo que vestimos nos é
dado com data de validade em cada vida que vivemos, porquê essa necessidade de
posse?
Falamos em amor nestas questões,
mas é um amor doente, um amor egoísta, porque na verdade ainda não aprendemos a
amar.
Vivemos virados muito para o
materialismo, para termos uma noção de sentimentos tão puros. Tornamo-nos
escravos de uma vida, a vida que era suposto vive-la em liberdade, pelo
contrário, não usufruímos desses momentos, sendo bons ou maus, degustando-os,
retirando de cada experiência o melhor, sem os preconceitos e as invejas, queremos
estar sempre por cima e de ter sempre a razão. Há-de chegar o dia em que o
corpo não sustentará mais o espirito contaminado ainda com o egoísmo e o ciúme,
sem aprender o valor do amor sublime.
Quando é que chegará o dia que
nós aprenderemos?
Quando é que aprenderemos a não
ligar tanto ao exterior mas sim ao interior, sem as vaidades, sem o orgulho, sem
querer ser melhor do que o outro?
Quero caminhar ao Teu lado, quero
libertar-me desses sentimentos inferiores, quero despir-me destas vestes para
vestir as vestes da humildade e desse amor que Tu falas, para conseguir amar
sem distinção.
Quero aproveitar esta vida física
equilibrar-me no amor. Entender que aqueles que nós chamamos de almas gémeas,
almas irmãs, almas afins, são pares de grupos que são postos no nosso caminho,
para sustentar-nos mutuamente e que não são nossa propriedade.
Quero criar uma vida em comunhão
Contigo, de perfeita harmonia, para que haja tolerância, fraternidade no meu viver
e que a beleza do amor sublime se faça presente aonde eu estiver.
Z.O.
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