sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Neste Natal

O Natal simboliza o Nascimento de Jesus, a união entre os familiares, a comunhão de sentimentos de Amor, Paz, perdão, doação e luz…
Nesta sintonia de pensamento desejo que este Natal seja o renascer de Deus em cada um, para que a paz e a fé prevaleça em nós.
 Que apesar das distâncias, das diferenças entre muitos, as famílias estejam unidas pelos laços dos sentimentos e, possam entender o verdadeiro propósito dessa mesma união.
Que possamos Acreditar mais em nós, nessa individualidade como seres divinos.
Que não percamos a Fé no ser humano, só porque ele não é perfeito, pois nós também ainda não somos.
Que nós não esperemos do outro Respeito, se ainda não sabemos nos respeitar.
Que não exijamos Amor, quando nós ainda não sabemos amar.
Que possamos saber Aceitar o pouco que o outro nos dá, pois nós também só damos o pouco que temos.
Que possamos aprender a Ouvir, sem crer que a voz da razão, da sabedoria é a nossa.

Que Neste Natal possamos refletir em nós Renovando-nos em pessoas melhores. Que seja o renascer dos sentimentos verdadeiros, dos valores, da Fé, do Amor entre todos e que possamos reconhecermo-nos como “FILHOS DE DEUS”

Z.O.

sábado, 24 de outubro de 2015

Somos História





A nossa complexidade nos faz indagar as diversidades da vida. Leva-nos a interrogar a nossa própria existência. O que somos como seres.
Entendemos que somos espíritos individuais, imortais, mas sempre seres divinos. O que serve para que possamos entendermo-nos como filhos de Deus.
Aceitando a imortalidade da alma, entendo que vivemos várias vezes, acredito que somos História, que fazemos e fizemos parte dela.
A História vivida em outros tempos resume muito o que somos hoje. Sofremos várias transformações interiores nessa trajetória, que nos fez hoje seres mais evoluídos, mas ainda imperfeitos.
Não existe a necessidade de termos o conhecimento daquilo que fomos, qual foi o papel que interpretámos nessas vidas, o que importa é qual é o nosso nesta.
A história em nós se revela nessa complexidade, da nossa forma de estar na vida. Somos seres com mistérios, com segredos e negações querendo ir ao encontro da verdade, da realidade do agora, tentando construir mais uma parte da história, sendo ela uma nova história, inédita.


Z.O 



domingo, 2 de agosto de 2015

Caridade

Durante muitos anos questionei-me sobre essa acção, com fazê-la? Perdida nessa palavra agi conforme inicialmente entendia, que leva sempre anulação do nosso Eu.
Queremos carregar o outro ao colo, desdobramo-nos em mil, para satisfazer as necessidades dos outros, ouvimos a dor do outro, permitimos que o outro nos agrida, pela nossa ignorância da compreensão do que é dar “a outra face”, acabamos por invalidar-nos, deixando de existir.
Quando essa sensação nos bate à porta, derruba toda a nossa construção inicial da satisfação em nosso íntimo. Porque será que isso acontece?
Diz-se que a Caridade deve ser feita sem qualquer interesse, é um aprendizado de amor e humildade. E nós, já aprendemos o verdadeiro amor? E humildes, nós já somos?
Se ainda estamos num caminho de evolução do nosso ser, ou seja, estamos a aprender amar, a aprender a ser humildes, como é que nós sabemos ser caridosos?
Após muita reflexão cheguei a uma conclusão: Nós ainda estamos a aprender como ser caridosos.
Ponderando; quando nós procuramos algo, Deus, a divindade em nós, existe um vazio, uma insatisfação em nosso Íntimo, que nos leva à busca do preenchimento desse vácuo, que no caso de muitos leva à caridade. Quando iniciamos esse processo, sentimo-nos seres melhores, motivados a viver. Esse sentimento fez-me cogitar, que quando faço algo de bom, o meu vazio é preenchido, então quando fazemos essa suposta caridade, será que não estamos a alimentar o nosso Ego?
Não é só aquele que quando faz o bem e conta aos sete ventos o que fez, que tem interesses ocultos na sua acção, muitos de nós também ainda não entendemos a frase de Jesus “Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita” (Mateus 6:3). Quando fazemos algo que satisfaz o nosso Ego, o vazio em nós, não estamos a fazer o bem, sem olhar a quem, porque estamos a satisfazer uma necessidade, ou seja a nossa mão esquerda sabe o que a direita faz. Nesta situação, nós no final ficamos sempre à espera do reconhecimento, até de Deus! Mesmo que digamos: - Ele nem disse obrigado, mas olha nem me importo! Ou até:- Meu Deus, porque só me acontece essas coisas, se eu só faço o bem! Mas meu Pai, eu aceito Essa Cruz! – Estamos a mentir para nós mesmos, porque se tivéssemos o entendimento, também tínhamos a aceitação, não haveria questionamentos, muito menos a lamentação.  
Reflectindo que tudo tem um início e uma caminhada até à verdadeira evolução de cada um, é compreensível que nós ainda movemo-nos pelas necessidades do Ego, porque só assim nós também nos ajudamos, crescemos. Sendo assim, não existe errado nessa satisfação do nosso ego, é só um caminho até à nossa evolução, mas devemos sempre reflectir e questionar as nossas intenções. 
Penso na caridade como um processo ainda a ser aprendido. Que devemos ter um discernimento na sua prática, questionando sempre o que estamos a fazer, os nossos interesses por de trás. Quando chegarmos ao ponto de praticá-la como Jesus fazia, percebemos que era algo natural Nele. Ele não buscava as pessoas, elas vinham até ele, e, nas multidões Ele sabia, na verdade, no momento exacto, quem era merecedor da caridade.
Temos uma longa caminha a ser feita para compreender o que é Caridade.
Z.O


quarta-feira, 22 de julho de 2015

Um Olhar

Que olhar que nós temos, nunca vemos o lado bom só o lado errado das coisas. Temos uma tendência em criticar, denegrindo tudo o que outro faz ou diz. Tristeza!
Envenamos a cabeça daqueles que nos cercam, muitas vezes levando-os a atitudes menos coerentes. Na verdade isso se chama inveja, frustração e falta de amor por si mesmo que fica ocultado em nossos desejos, que são; ter autonomia, ter autoridade e a ter coragem de querer ser feliz.

Não pensamos na maldade que podemos estar a fazer, só queremos ver o circo pegar fogo, como tudo isso fosse apaziguador, que atenuasse todas essas frustrações e a nossa infelicidade, mas na verdade é um vício que corrói, que quando passa o efeito, nada fica, o que nos leva a fazer de novo e de novo...Tudo isso porque não temos a coragem de ser felizes!

Muitas desculpas aparecem, cheias de lamentações, palavras vazias que fazem eco pela eternidade, voltando para nós em forma de dor, tirando-nos do foco da realidade. Realidade essa que mostra as alterações e o trabalho árduo que ainda nos falta fazer em nosso ser.

Lamento informar “Que Nós Não Somos Perfeitos” para criticar seja quem for. Não é que não tenhamos que observar o que nos rodeia; não é que tenhamos que ficar calados quando algo está errado; não é que tenhamos que aceitar tudo, não! Devemos observar, mas tirar só o que possa contribuir para sermos seres melhores, falar só quando isso possa melhorar o que está de errado, e aceitar só quando a nossa atitude possa prejudicar a nossa vida ou do outro.


O respirar é algo necessário e importante no dia-a-dia, não é só para entrar o oxigênio alimentando os nossos pulmões e libertar o dióxido de carbono, é também para acalmar, o nosso intimo, o nosso pensamento. Por isso “Respiremos” antes de abrir a nossa boca com a maldade das nossas palavras e envolvendo o outro, impulsionando-o a fazer aquilo que nós não temos a coragem de fazê-lo.

Devemos olhar para o outro já que ele nos faz olhar para nós. O que ele tem que revelar sobre seu próprio comportamento, muito se encontra em nosso também.

"O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos.
A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença.. (Luís Fernando Veríssimo)"




 Z.O

sábado, 11 de julho de 2015

Uma Palavra de uma Sábia Amiga

Num momento descontente, alguns meses atrás, estava eu a observar aqueles que me rodeavam, num diálogo interno desfavorável.
Sem me dar conta, alguém amigo de visão sábia contemplava todo aquele monólogo interno e no final desse dia ela deixou uma frase para que eu reflectisse, que dizia assim:
“ Os Nossos olhos só vêem aquilo que conseguem alcançar”
Fiquei com aquelas palavras, como se elas fossem uma chave, uma peça de um puzzle, um código para decifrar.
  Consciente do meu pensamento durante aquele dia, percebi que o pretendido era fazer com que eu silenciasse o meu julgamento, o qual fez com que eu encaixasse que a minha condição evolutiva me permitia enxergar até um certo ponto.
Lembro-me que no dia a seguir estava à janela de uma sala a contemplar o que a minha visão me permitia ver. O que ela me permitiu ver naquele dia foi revelador.
Quando olhava pela janela reparei que os meus olhos só conseguiam ver ate à ponta da rua, apesar de saber que existia mais para além, só enxergava até aquele ponto.
Durante aquela visão, vi lindas flores cheias de vida, outras, murchas e amareladas. Reparei nos muros, eles tinham tinta já com a cor desbotada, rachas grandes e buracos nos passeios…
Naquele momento relembrei as palavras da minha sábia amiga. Nós, quando observamos algo a nossa visão é tão limitada que não conseguimos ver além do horizonte. Temos uma visão muito crítica das coisas e daqueles que nos rodeiam.
Ela também me disse que a condição evolutiva de cada um, não limita o que nós possamos dar. O melhor que cada um tem dentro de si é o que Deus usa para cumprimento das nossas tarefas na terra, pois a sua visão alcança para além do horizonte.
Essa conclusão fez-me determinar a minha forma de visualizar o outro, procurando o melhor que cada um pode oferecer, questionando-me sempre o que eu tenho de melhor para oferecer em prol do outro, antes dos pré-julgamentos.


Z.O



domingo, 10 de maio de 2015

Mescla de Sentimentos


Há dias quem nem sempre estamos bem com a vida. Acordamos, o sol está lá fora, mas mesmo assim o coração não tem vontade de sorrir. Parece que tudo está congelado, não há como quebrar e voltar a sentir. Mas há outros dias, mesmo que a chuva bata na janela do nosso quarto tudo é belo, tudo brilha aos nossos olhos.

Hoje estou com o meu coração cheio de um sentir intenso, que tem um perfume com aroma de amor. Quando nos sentimos assim, existe uma felicidade que se espalha, tornando tudo á nossa volta mais leve. As palavras menos bonitas são só palavras que passam e vão ao sabor do vento. As atitudes mais bruscas são só atitudes sem valor que dissipam com um sopro de um “dó”. Um mau olhar é só um olhar de alguém que dispersa entre as moléculas do ar e fica esquecido em nosso recordar.

Então neste dia ao falar, as palavras tem a força da verdade, sentidas com a força do amor. O alicerce já existente em nós, neste dia cria raízes mais profundas que nos sustenta, que nos eleva ao divino, fazendo-me sentir mais perto de Deus.

Sei que nós ainda somos seres em aprendizado, logo, sei que esse aroma que me eleva não vai durar para sempre, mas tenho a certeza que vai melhorar o meu ser e esse sentir vai ficar intrínseco na minha memória, fazendo que seja algo que eu queira voltar a sentir.  


Um Feliz dia das Mães!

Z.O

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Reflectir Sobre o Amor

Na minha caminhada, vivenciei muitas coisas, as quais fizeram parte e, foram necessárias para o meu crescimento e amadurecimento.
Experiências contínuas, que provocaram o riso, o choro, a emoção, mas uma delas que sempre me fez reagir numa forma silenciosa de dor profunda e intensa, foi a falta de amor.
Com isto não quero dizer que não tenha amor, amizade em minha vida, pelo contrário. Tenho pessoas excepcionais nesta existência, cheias de bons e verdadeiros sentimentos por mim. Talvez, algumas delas foram conquistas feitas pela minha persistência em suas vidas, outras simplesmente gostaram daquilo que viram em meu coração, do sentimento que nutria por elas e aceitaram-no sem questionamentos.
Quando falo da falta de amor é aquele que nós damos aos outros, que não há o retorno. É difícil não haver a indagação psicológica, a busca de uma resposta lógica sem a auto piedade. Acredito que na infância e na adolescência não temos qualquer tipo de perspectiva positiva. Quando chegamos a uma idade que a lógica da vida é mais clara, aí vem as respostas.
A dor por falta do amor é bem dolorosa, é uma dor bem intrínseca, profunda em nosso íntimo, algo que não é compreensível, é um sentir desconhecido e muitas vezes ilógico.
Necessário parar. É chegada a hora de reflectimos e chegar a algumas conclusões, as quais foram: não podemos exigir do outro algo que ele não tem em seu interior, em seu coração, para dar; nada impede de continuarmos a sentir, mas sem a exigência da troca; respeitar o sentir do outro para que também sejamos respeitados, pois também nós nem sempre sabemos retribuir ou sentir com a mesma intensidade.
Se nesta existência ainda nos encontramos num processo de aprendizado em tantas áreas, não poderia ser diferente na área do amor, que é um sentimento complexo.
Sabemos que a dor em todos os sentidos é um processo que nos leva ao aprendizado. O coração sofre transformações, através da experiência do sentir, neste caso o amor ou a falta dele, que por vezes deixa cicatrizes profundas.
Com todas essas alterações em nosso coração, percebo que a vontade de amar não cessa, mas mostra resistências com o passar do tempo.
As feridas criadas são cultivadas conforme a nossa sustentação, apesar das marcas deixadas que o tempo fará com que sare.
Nessa transformação, perdemos a inocência e as ilusões, talvez porque desconhecemos o verdadeiro sentir do amor. Neste pensar, talvez pela época em si, veio à cabeça esta questão; Será que nesse processo não perdemos também bons atributos que contínhamos em nosso íntimo? Bem, após a reflexão penso que não, porque não podemos perder algo que ainda não tínhamos.
Na verdade esta é uma época de demonstração de amor, amor esse que desconhecemos porque jamais o sentimos no pulsar das nossas veias, esse verdadeiro sentir foi algo que Jesus nos deixou como mensagem, uma mensagem libertadora para todos nós. Não só porque nos liberta da escravidão da matéria, mas também dos sentidos, trazendo o significado verdadeiro, o amor incondicional, que ama independentemente de quem seja, sem a cobrança da troca, nem a exigência do amor do outro, pois não se exige algo que ainda não sabemos dar.

Uma Páscoa Feliz!
Z.O.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

O Direito de Expressar Consciente


Muitos ao lerem algo escrito, julgam os que escrevem, de numa forma estranha. Digo estranha porque muitos deles são pessoas letradas com bastante conhecimento. Também sei que ter conhecimento nem sempre é sinal de humildade do ser, porque não se tornam sábios.
Quando falo em julgar é que muitas delas verbalizam-no ou pensam deste modo; “o que eles pensam que são?”; “agora qualquer um pensa que tem algo para ensinar...”;“se julgam professores”; “ o que querem é portagonismo”; Enfim!
Todo o ser humano tem direito de livre expressão, sobre o que pensa, dando-lhe o direito de verbalizar ou escrever a sua opinião.

“Acima de todas as liberdades, dê-me a de saber, de me expressar, de debater com autonomia, de acordo com minha consciência."
John Milton

Claro que nem tudo o que lemos ou escrevemos vai de acordo com o que o leitor tem em sua mente, que é normal. Porque todos nós temos as nossas ideologias, teologias dentro das nossas bases culturais...
Por exemplo, quanto ao que escrevo, são normalmente pensamentos seguidos de muitos dias de reflexão, que acabam sempre por chegar a uma conclusão, que dão a origem à solução para minha forma de viver a vida.
Quando partilho o que penso, não pretendo com isso, qualquer tipo de protagonismo, tanto nem assino com o nome de forma a ser legível.
Ao postar o que escrevo é para mim libertador, porque tenho dificuldade de verbalizar o que sinto ou penso, ou seja, eu escrevo para não sufocar, tornando-se para mim uma terapia.
Escrevo os meus pensamentos, para que o leitor tenha a visão que tudo tem uma solução, não necessariamente igual à minha, mas ao exercitar o pensamento abrimos os horizontes da mente, encontramos a nossa caixa de Pandora, descobrimos o que ocultamos para nós mesmos e chegamos às soluções que ou levam à resolução da nossa forma de estar e viver a vida.
Durante a minha vivência percebi-me que todo o ser humano tem algo para dar ou ensinar, pequeno que seja esse algo aos nossos olhos, na visão de Deus será diferente, é o cumprimento de suas provas e de suas tarefas.
Não deixo de pensar quando existe um julgamento tão superficial e arrogante da parte de quem o faz, é porque se sente ameaçado de certo modo.
Adoro ler conteúdos que me fazem refletir, que trazem algo de novo e enriquecem os meus conhecimentos. Levam-me sempre a novas histórias que posso redigir nas páginas da minha vida.
           

 Z.O