Num momento descontente, alguns
meses atrás, estava eu a observar aqueles que me rodeavam, num diálogo interno
desfavorável.
Sem me dar conta, alguém amigo de
visão sábia contemplava todo aquele monólogo interno e no final desse dia ela
deixou uma frase para que eu reflectisse, que dizia assim:
“ Os Nossos olhos só vêem aquilo
que conseguem alcançar”
Fiquei com aquelas palavras, como
se elas fossem uma chave, uma peça de um puzzle, um código para decifrar.
Consciente
do meu pensamento durante aquele dia, percebi que o pretendido era fazer com
que eu silenciasse o meu julgamento, o qual fez com que eu encaixasse que a
minha condição evolutiva me permitia enxergar até um certo ponto.
Lembro-me que no dia a seguir
estava à janela de uma sala a contemplar o que a minha visão me permitia ver. O
que ela me permitiu ver naquele dia foi revelador.
Quando olhava pela janela reparei
que os meus olhos só conseguiam ver ate à ponta da rua, apesar de saber que existia mais
para além, só enxergava até aquele ponto.
Durante aquela visão, vi lindas
flores cheias de vida, outras, murchas e amareladas. Reparei nos muros, eles
tinham tinta já com a cor desbotada, rachas grandes e buracos nos passeios…
Naquele momento relembrei as
palavras da minha sábia amiga. Nós, quando observamos algo a nossa visão é tão
limitada que não conseguimos ver além do horizonte. Temos uma visão muito crítica
das coisas e daqueles que nos rodeiam.
Ela também me disse que a condição
evolutiva de cada um, não limita o que nós possamos dar. O melhor que cada um
tem dentro de si é o que Deus usa para cumprimento das nossas tarefas na terra,
pois a sua visão alcança para além do horizonte.
Essa conclusão fez-me determinar
a minha forma de visualizar o outro, procurando o melhor que cada um pode
oferecer, questionando-me sempre o que eu tenho de melhor para oferecer em prol
do outro, antes dos pré-julgamentos.
Z.O
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