quarta-feira, 22 de julho de 2015

Um Olhar

Que olhar que nós temos, nunca vemos o lado bom só o lado errado das coisas. Temos uma tendência em criticar, denegrindo tudo o que outro faz ou diz. Tristeza!
Envenamos a cabeça daqueles que nos cercam, muitas vezes levando-os a atitudes menos coerentes. Na verdade isso se chama inveja, frustração e falta de amor por si mesmo que fica ocultado em nossos desejos, que são; ter autonomia, ter autoridade e a ter coragem de querer ser feliz.

Não pensamos na maldade que podemos estar a fazer, só queremos ver o circo pegar fogo, como tudo isso fosse apaziguador, que atenuasse todas essas frustrações e a nossa infelicidade, mas na verdade é um vício que corrói, que quando passa o efeito, nada fica, o que nos leva a fazer de novo e de novo...Tudo isso porque não temos a coragem de ser felizes!

Muitas desculpas aparecem, cheias de lamentações, palavras vazias que fazem eco pela eternidade, voltando para nós em forma de dor, tirando-nos do foco da realidade. Realidade essa que mostra as alterações e o trabalho árduo que ainda nos falta fazer em nosso ser.

Lamento informar “Que Nós Não Somos Perfeitos” para criticar seja quem for. Não é que não tenhamos que observar o que nos rodeia; não é que tenhamos que ficar calados quando algo está errado; não é que tenhamos que aceitar tudo, não! Devemos observar, mas tirar só o que possa contribuir para sermos seres melhores, falar só quando isso possa melhorar o que está de errado, e aceitar só quando a nossa atitude possa prejudicar a nossa vida ou do outro.


O respirar é algo necessário e importante no dia-a-dia, não é só para entrar o oxigênio alimentando os nossos pulmões e libertar o dióxido de carbono, é também para acalmar, o nosso intimo, o nosso pensamento. Por isso “Respiremos” antes de abrir a nossa boca com a maldade das nossas palavras e envolvendo o outro, impulsionando-o a fazer aquilo que nós não temos a coragem de fazê-lo.

Devemos olhar para o outro já que ele nos faz olhar para nós. O que ele tem que revelar sobre seu próprio comportamento, muito se encontra em nosso também.

"O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos.
A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença.. (Luís Fernando Veríssimo)"




 Z.O

sábado, 11 de julho de 2015

Uma Palavra de uma Sábia Amiga

Num momento descontente, alguns meses atrás, estava eu a observar aqueles que me rodeavam, num diálogo interno desfavorável.
Sem me dar conta, alguém amigo de visão sábia contemplava todo aquele monólogo interno e no final desse dia ela deixou uma frase para que eu reflectisse, que dizia assim:
“ Os Nossos olhos só vêem aquilo que conseguem alcançar”
Fiquei com aquelas palavras, como se elas fossem uma chave, uma peça de um puzzle, um código para decifrar.
  Consciente do meu pensamento durante aquele dia, percebi que o pretendido era fazer com que eu silenciasse o meu julgamento, o qual fez com que eu encaixasse que a minha condição evolutiva me permitia enxergar até um certo ponto.
Lembro-me que no dia a seguir estava à janela de uma sala a contemplar o que a minha visão me permitia ver. O que ela me permitiu ver naquele dia foi revelador.
Quando olhava pela janela reparei que os meus olhos só conseguiam ver ate à ponta da rua, apesar de saber que existia mais para além, só enxergava até aquele ponto.
Durante aquela visão, vi lindas flores cheias de vida, outras, murchas e amareladas. Reparei nos muros, eles tinham tinta já com a cor desbotada, rachas grandes e buracos nos passeios…
Naquele momento relembrei as palavras da minha sábia amiga. Nós, quando observamos algo a nossa visão é tão limitada que não conseguimos ver além do horizonte. Temos uma visão muito crítica das coisas e daqueles que nos rodeiam.
Ela também me disse que a condição evolutiva de cada um, não limita o que nós possamos dar. O melhor que cada um tem dentro de si é o que Deus usa para cumprimento das nossas tarefas na terra, pois a sua visão alcança para além do horizonte.
Essa conclusão fez-me determinar a minha forma de visualizar o outro, procurando o melhor que cada um pode oferecer, questionando-me sempre o que eu tenho de melhor para oferecer em prol do outro, antes dos pré-julgamentos.


Z.O