quinta-feira, 5 de julho de 2012

Quando Partir… Voltarei Um Dia!


Nestes dias parei para pensar naquilo que estava a sentir, uma falta daquele sítio onde me sentia em casa. Este pensamento acompanha-me desde de criança, desde do tempo que percebi e aprendi a pensar, a ter noção das coisas que me rodeavam.

Questionava, e ainda hoje o faço, do porquê de nunca me ter sentido que pertencia a um lugar, a este lar que é a vida dada por Ti meu Pai, apesar de ter tido uma família e de ainda hoje a ter mais completa neste momento e de me sentir afortunada por isso.

Agradeço a Deus pela oportunidade de vida, porque tenho que aprender, mas quando penso naquilo que ainda falta, sinto uma saudade de casa, do teu colinho meu Pai, da verdade que lá existia, da pureza de sentimentos sempre juntos da compreensão e lucidez que muitas das vezes nos é escasso, neste mundo em que nós vivemos é quase impossível pela imperfeição do ser.

Aquela sensação de não pertencer a nenhum lugar, esse sentimento que vem desde da infância, com mais ou menos 6 anos, lembro-me muitas vezes de estar numa janela da cozinha da minha avó, estar ali parada e só sentia, às vezes esse sentimento era tão forte, avassalador de tal forma que ficava ali parada durante uma hora ou mais, nunca disse nada a ninguém, também não sabia como. 

Então penso no dia que marcará o final da minha viagem. Para onde vou? Como será os reencontros? Com quem serão esses reencontros?

Provavelmente nessa altura vou compreender tudo com uma lucidez de fazer inveja ao mais sábio comum mortal.

Hoje também penso que sentir falta de casa possa ser normal se tivermos em conta que a vida verdadeira não é neste lado mas sim numa forma espiritual.

 Uma coisa é certa ficarei sempre nos corações daqueles que me amaram e me amam irremediavelmente... Para todo o sempre até o dia de eu voltar novamente.
Z.O.

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